sábado, 12 de maio de 2012

Inteligência

Há alguns anos atrás na Educação Escolar, eram tomadas medidas que felizmente, assim como o tempo, foram deixadas lá atrás. Quem nunca ouviu falar das palmatórias, das famosas estrelinhas dadas como recompensa aos mais brilhantes e das orelhas de burro aos mais dispersos. Sim, que bom que isso é passado. Hoje os professores tem uma visão mais assertiva com relação ao desempenho escolar, do aluno; isso, graças aos mais variados estudos sobre a inteligência. Sabe-se, com toda certeza, que não existe aluno desprovido de inteligência, o que existe é todo um contexto atrás desse aluno que apresenta dificuldade na aprendizagem. 


Questões emocionais, problemas auditivos, visuais, nutricionais e os verdadeiros empecilhos que são os retardos mentais. Estes podem ser leves, onde com habilidade profissional específica, conseguem-se bons resultados, em nível de aprendizado. Para os retardos moderados também, com pouco mais dificuldade, consegue-se resultado satisfatório. Já para os casos severos do tipo idiotia e cretinice, aí sim o aprendizado escolar é muito complicado ou quase nenhum. Fora esses casos mais graves, podemos dizer que existem alunos mal aproveitados. Até porque, não adianta a criança ter um potencial inerente, e não ser trabalhado de forma adequada como, por exemplo, ser mal assistida no seu ambiente, desnutrida, com problemas emocionais e/ou sociais, entre outros.

Hoje já temos literaturas que falam de inteligência específica, para certa área. Nem sempre você é bom em todas as áreas, mas naquela que você domina, acaba se destacando com grande sucesso. Existem, portanto, diversos tipos de inteligência, como, por exemplo, inteligência verbal, não verbal, raciocínio lógico, subjetiva, habilidade mecânica e por aí vai...


Os famosos testes de QI ficaram um pouco fora de moda, porque, sem toda uma avaliação que costuma ser creditada a uma equipe multidisciplinar, nada é concretizado de fato.
Existem os chamados “Gênios”. Já tive a oportunidade de trabalhar com essas crianças. Elas são inclusive mais angustiadas pelo fato de sentirem uma enorme dificuldade de interagir com outras crianças da mesma idade, o que traz angústia também para alguns pais mais antenados e preocupados. Existe um livro chamado “Dibs Em Busca de Si Mesmo”, no qual os pais brilhantes e renomados psiquiatras na Europa, não conseguem lidar com o problema do filho, se envergonham por conta do seu status social e preferem rotulá-lo como autista. Mas o final é belíssimo, indico a todos.

  
Bom, em resumo, voltando ao tempo dos nossos avós, graças ao desenvolvimento de todas essas pesquisas feitas e comprovadas, podemos afirmar com toda convicção que não existem pessoas “Burras”, como se costumava rotular os mais antigos. Existem  sim pessoas mal aproveitadas, com distúrbios auditivos, visuais, alimentares, com déficit de atenção (se ele não concentra não apreende) e os retardos já mencionados, entre outros problemas específicos. Tais problemas merecem avaliação da também já mencionada equipe multidisciplinar: psicólogos, psicopedagogos, neurologistas, psiquiatras, orientadores educacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos, oftalmologistas, otorrinolaringologistas etc... Essa equipe trabalha a fim de diagnosticar e trabalhar os problemas práticos da aprendizagem e encontrar a essência do processo existente.

Vou ousar em citar as palavras de Rubens Alves em “Cenas da Vida”:
“Inteligências dormem. Inúteis são todas as tentativas de acordá-las por meio de força e de ameaças. As inteligências só entendem os argumentos do desejo, elas são ferramentas e brinquedo do desejo.”

Literaturas indicadas:
“Inteligência Emocional”, Daniel Goleman
“Pais Brilhantes, Professores Fascinantes”, Augusto Cury
“Inteligências Múltiplas”, Howard Gardner

Deixo aqui um vídeo, postado no youtube, apresentado em um seminário sobre inteligência emocional, por uma turma de administração, que expressa muito bem, alguns dos tópicos explicados nesse post.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo


É um transtorno de Ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos e compulsivos, no qual o individuo tem comportamentos considerados estranhos para a sociedade ou para própria pessoa que os tem e principalmente para aqueles do seu convívio.

Normalmente trata-se de idéias exageradas e irracionais de saúde, higiene, organização, simetria, perfeição ou manias, chegando até mesmo a rituais que são incontroláveis ou dificilmente controláveis.

O TOC é considerado o 4º diagnóstico psiquiátrico mais frequente na população. Ele interfere nas atividades diárias e causa incômodo e angústia tanto ao paciente quanto aos familiares.

É lógico que existem vários graus: leve, moderado e graus mais graves, que trazem consequências mais severas para o paciente, enquanto, os mais leves podem passar despercebidos sem causar maior constrangimento, porém o paciente em si mostra-se desconfortável.

Pesquisadores ainda divergem muito sobre quais seriam os fatores etiológicos, sintomas e sucesso na resposta aos tratamentos feitos pelos pacientes com esse transtorno.


A compulsão é um comportamento consciente e repetitivo, como contar, verificar, fazer uso de um pensamento que serve para anular uma obsessão. Por exemplo, lavar mão repetidamente, banhos também repetidas vezes , conferir em sequencia se esqueceu algo ao sair de casa, torneiras abertas, portas destrancadas, bico de gás etc.... Lógico que estamos falando de uma frequência bem acima do necessário diante do padrão normal.

Alguns Psiquiatras usam medicação específica e indicam terapia de Orientação Dinâmica ou Cognitiva Comportamental.


Existem alguns filmes que retratam bem esses quadros: Os Vigaristas e Melhor Impossível, esse ganhador de dois Oscars. O seriado Monk também retrata perfeitamente como ocorre esse tipo de transtorno e as interferências que ele causa na vida do indivíduo. Assista o vídeo de abertura deste seriado abaixo e conheça o comportamento de uma pessoa com TOC.



Qualquer dúvida ou sugestão, é só comentar!