"Estou amando loucamente a namoradinha de um amigo meu, sei que estou
errado, mas nem sei como isso aconteceu..."
Já diziam os versos de Roberto Carlos
nos anos 60. Isso sempre ocorreu, pois faz parte das emoções
orgânico-funcionais humanas. Substâncias químicas provocando comportamentos,
que por sua vez acionam em alguns casos verdadeiras ressacas emocionais nos
envolvidos.
Temas de música, temas de poemas e
de novelas, por que na verdade são temas da vida real, casos levados para os
consultórios, carregados de culpa e tentativas de justificativas frustradas.
Mas o fato é que para amar é preciso ter coragem, agora coragem de amar o que
lhe parece proibido complica, mas não é impossível.
Se falássemos só sobre a química, a explicação seria mais racional e menos
desrespeitosa, o que diminuiria a culpa. Mas tem também, o lado competitivo, a luta
de poder, a posse em si.
É muito comum um terapeuta ser procurado quando se perde segundo o
paciente “o amor de sua vida para um amigo traíra”. Às vezes se ouve frases do
tipo: “Eu me conformaria se ele (o ex-parceiro) tivesse morrido, mas aceitar que
ele fique com meu melhor amigo(a) nunca!”. Estas frases são ressignificadas
pelo terapeuta como uma idealização: O luto existente deve ser pela morte do
romance. Mas o que muitas vezes acontece, mesmo que inconscientemente, é uma
inveja destrutiva. A pessoa prefere destruir o ‘objeto’ a tê-lo que perder para
o outro, principalmente se esse se dizia amigo.
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